Parceria aplica R$ 21 milhões em pesquisa de novo combustível para reduzir a emissão de gases do efeito estufa por aeronaves
A complexa busca por alternativas sustentáveis para o setor da aviação terá o reforço da pesquisa de ponta. A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), a Coppe (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) da UFRJ e a empresa Petrogal investirão R$ 21,3 milhões em um projeto inovador para o desenvolvimento de biocombustíveis com alternativa ao querosene de aviação no Brasil. O contrato foi assinado ontem (27).
A expectativa é que o resultado da pesquisa aponte uma solução de menor impacto ambiental, com a redução das emissões de carbono e outros gases de efeito estufa. De acordo com a Associação Internacional do Transporte Aéreo (Iata), só no ano passado a aviação civil foi responsável por 2% de todo o carbono emitido no planeta. Além do aspecto sustentável, o novo combustível poderá ser mais barato, reduzindo os custos de operação das companhias aéreas e, consequentemente, das viagens.
O projeto se soma às iniciativas da Embrapii que estão alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030, como o ODS 12 (Consumo e produção responsáveis) e ODS 7 (Energia limpa e acessível). Atualmente, 67% dos projetos da Embrapii de inovação estão em sintonia com os ODS.
Inova + BNDES
Os recursos aplicados pela Embrapii fazem parte do programa Inova+ BNDES, uma parceria com o banco para apoiar projetos que desenvolvam soluções em novos combustíveis e em outras áreas como bioeconomia florestal, economia circular, transformação digital, saúde, materiais avançados e defesa. A iniciativa atende empresas de todos os portes, incluindo pequenas, médias (PMEs) e startups.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.