As grandes cidades buscam soluções tecnológicas para reduzir o fluxo de trânsito, melhorar a gestão de transportes e estimular a circulação de pedestres. A indústria tem um papel fundamental no processo de inovação.

A Embrapii é uma das coordenadoras dos Programas Prioritários do Rota 2030 e, portanto, tem uma atenção especial ao tema da mobilidade. De 2019 a 2023, o número de projetos apoiados dobrou, saindo de 23, correspondendo a R$ 23,1 milhões em P&D no ciclo entre outubro de 2019 e outubro de 2020, para 55 projetos e R$ 103 milhões entre outubro de 2022 e junho de 2023. Mais do que duplicar o número de projetos, a Embrapii multiplicou por quatro o valor deles.

Em entrevista, o coordenador de Planejamento e Relações Institucionais da Embrapii, Luciano Cunha, comenta sobre o tema, suas tendências e os desafios de melhorar a mobilidade urbana.

Quais são as principais tendências de inovação na área de mobilidade urbana?
Entre as principais tendências, podemos citar: infraestrutura de transporte inteligente, como semáforos e faixas; conectividade e monitoramento de trânsito e veículos em tempo real; desenvolvimento de veículos autônomos; desenvolvimento de veículos verdes; e micromobilidade com o desenvolvimento de veículos pequenos inteligentes, como patinetes elétricos e bicicletas.

A mobilidade urbana se apresenta como um desafio no mundo todo. A indústria brasileira está atenta a essa demanda de mercado?
Sim, as montadoras de automóveis têm trabalhado em várias tecnologias focadas na mobilidade urbana. Além disso, contamos com projetos diversos, incluindo startups para agregar melhorias nos sistemas de inteligência e de comunicação dos automóveis. Também se verificam projetos para transporte coletivo, com pesquisas na área de mobilidade elétrica ou de uso de hidrogênio.

De forma geral, como a tecnologia pode contribuir para a mobilidade das grandes cidades? Quais são os principais desafios?
Existem inúmeras maneiras com que a tecnologia pode contribuir. Os principais desafios da mobilidade estão associados a reduzir o papel do transporte individual. O carro ainda é visto como símbolo de status social e como um conforto importante.

Muitos dos projetos apoiados pela Embrapii são de startups ou pequenas empresas. É uma área promissora para os empreendedores de menor porte?
Muitos dos avanços atuais são na área de TICs e envolvem a possibilidade das empresas de menor porte atuarem de forma relevante. As empresas grandes muitas vezes são mais lentas no processo de inovação e crescentemente temos visto a busca pela inovação aberta – esse movimento impulsiona a participação das startups no processo.

Como a mobilidade pode se beneficiar da aplicação prática do conceito de Cidades Inteligentes?
As Cidades Inteligentes usam as TICs de forma intensa. Dentre as tecnologias em teste ou desenvolvimento, há um grande número de elementos associados à mobilidade. Entre eles estão, por exemplo, semáforos inteligentes – que compreendem um conjunto de sensores e de softwares que permitem controlar o tempo dos semáforos de acordo com o fluxo de veículos em cada via. Existe também a possibilidade de os semáforos priorizarem os transportes coletivos e vias de acesso prioritárias.

Sistemas de comunicação entre os carros, ônibus e semáforos também podem ser implementados para melhorar a segurança, reduzindo ou mitigando as colisões, mas, também podem melhorar a fluidez do trânsito. Cartões ou sistemas de pagamento inteligentes também facilitam o uso de modais diversos de forma mais fácil, permitindo ao cidadão utilizar metrô, ônibus, bicicletas e automóveis de uma forma simplificada e com integração na bilhetagem.

Quais as vantagens que a Embrapii traz para quem quer inovar na área?
A Embrapii oferta para o segmento todas as modalidades tradicionais de fomento e, adicionalmente, temos modalidades mais benéficas. Entre elas estão o Basic Funding Alliance, no qual apoiamos projetos mais disruptivos com até 90% de recursos não reembolsáveis, e os projetos excepcionais para empresas com receita de até R$ 90 milhões, casos em que o apoio pode ser de até 100% de recursos não reembolsáveis.

Acesse o site da Embrapii e fique por dentro das modalidades oferecidas para impulsionar a inovação industrial brasileira: embrapii.org.br

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