Tecnologia têxtil brasileira pode transformar mercado da moda brasileira

Dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), de 2018, indicam que o Brasil é considerado a quinta maior indústria têxtil do mundo e o quarto maior produtor mundial de denim (tecido usado para fazer o jeans)  . Tanto potencial nesse setor resulta na geração de aproximadamente 160 mil toneladas de resíduos por ano no país. 

Ao pensar nesta problemática, a empresa Phycolabs juntamente com pesquisadores da Unidade EMBRAPII do Instituto SENAI de Inovação em Biossintéticos e Fibras do SENAI CETIQT desenvolveram fios  a partir de algas marinhas vermelhas. 

Os pesquisadores Adriano Alves Passos e Igor Lopes Soares do referido Instituto contam que os insumos podem ser encontrados em abundância no nordeste do Brasil e, explicam que a CEO da empresa Phycolabs, Thamires Pontes, idealizadora do projeto, tinha o objetivo de produzir algo disruptivo e inovador na moda mundial.

Crédito: Divulgação

“Já ganhamos alguns reconhecimentos e prêmios com esta iniciativa e tudo indica que é um produto diferenciado e ecológico”, contam Passos e Soares. 

Thamires Pontes, empresária e CEO da Phycolabs, afirma que contratou um projeto de treze meses com o apoio da EMBRAPII e SEBRAE e está pronta para dar o próximo passo: levar os fios para a indústria. “Estou ansiosa para ver o tecido no mercado da moda”, conta a empresária. 

A Phycolabs acredita que além de contribuir para práticas sustentáveis, o uso de algas marinhas colabora com a economia azul, nova onda que se refere ao desenvolvimento sustentável dos recursos naturais do oceano, favorece a criação de empregos e meios de subsistência ao mesmo tempo que ajuda na preservação dos ecossistemas marinhos. 

A empreendedora conta que começou a trabalhar com polímeros e por meio das pesquisas descobriu que era possível desenvolver um tecido ecológico feito a partir de algas. “Em nossos fios usamos produtos ecológicos e não misturamos com outros materiais têxteis como algodão, poliéster e nylon, por exemplo.”, conta. A parceria com os pesquisadores junto com o background e pesquisas de mestrado da empresária resultaram na criação deste fio revolucionário. 

Além de fios a partir de insumos de algas marinhas, os pesquisadores da Unidade EMBRAPII explicam que também possuem tecidos feitos a partir de cupuaçu, biocouro feito a partir de ativos de celulose, fibra do caule da bananeira, entre outros. “Sempre estamos com o desafio de oferecer produtos ecológicos a fim de obter meios mais sustentáveis de produção”, finaliza os pesquisadores.

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