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Publicado em 29 setembro, 2022
Atualizado em 29 setembro, 2022
Painel teve participação de Unidades EMBRAPII e abordoucasos de sucesso de empresas parceiras
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) participou nesta quarta-feira, 28 de setembro, da UNGA77 – Cúpula de Ciência na Assembleia Geral da Organização da Nações Unidas (ONU) apresentando o Painel “Biotecnologia: contribuindo para a conservação e restauração da biodiversidade no Brasil“.
A EMBRAPII planeja e executa ações voltadas para uma agenda de sustentabilidade alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No Painel, o diretor de operações da EMBRAPII, Carlos Eduardo Pereira, ressaltou que a Bioeconomia é um dos temas de maior relevância nas ações da instituição.
Paulo Coutinho, Gerente do Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos no SENAI CETIQT, disse que o Brasil possui uma biodiversidade, ainda desconhecida, com enorme potencial, e que faltam políticas públicas para coordenar a exploração sustentável na área de biotecnologia. Ele, que também é coordenador da Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia, aproveitou sua fala para explicar as bases da Rede, lançada em 01 de setembro, no Rio de Janeiro. A proposta é estimular as atividades de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P,D&I) e fomentar projetos em biotecnologia e sustentabilidade.
Também participaram do evento representantes de duas Unidades EMBRAPII (UEs) que integram a Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia: CNPEM – Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais e DEF/UFV – Departamento de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Viçosa, que possui um centro de excelência em pesquisas de fibras da floresta.
Patricia Toledo, gestora de inovação do CNPEM, apresentou alguns exemplos de soluções inovadoras nas áreas de biomedicamentos e dermocosméticos. Entre as pesquisas, ela também mostrou como o licuri, palmeira nativa da caatinga, pode ser usado nas cadeias produtivas de biocombustíveis, medicamentos e alimentos.
Marcelo Moreira, docente do DEF/UFV, apresentou projetos nas áreas temáticas de Bioeconomia da Floresta, Novos Biocombustíveis e Economia Circular. Ele falou sobre pesquisas que utilizam o bambu como fibra alternativa e também de taninos como substitutos a colas, soluções que podem ser aplicadas nas indústrias têxtil e de embalagens.
Ao fim do evento, empresas que realizam projetos com UEs falaram da importância da parceria e da excelência do modelo EMBRAPII. Suiana Hasselmann, representante da Urubatan Piatã, relatou a experiência de procurar uma Unidade EMBRAPII para desenvolver pesquisa que pudesse reaproveitar os resíduos da castanha do Pará, com foco em beneficiar tanto o meio-ambiente, quanto as comunidades locais que trabalham com o beneficiamento de castanha. A solução criada é o chamado compósito ecológico, material que pretende reduzir em 30% o uso de embalagens plásticas e que pode ser usado na produção de azulejos e calçados, por exemplo.
Finalizando o Painel, a representante da empresa Centroflora, Cristina Ropke, apresentou projeto apoiado pela EMBRAPII de uso do jaborandi para extração da pilocarpina, composto bioativo usado na indústria farmacêutica, especialmente em medicamentos oftalmológicos.
Sobre a EMBRAPII
A EMBRAPII é uma Organização Social com Contrato de Gestão com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Educação (MEC), Saúde (MS) e Economia (ME). A organização já apoiou 339 projetos de P,D&I voltados para a bioeconomia, beneficiando 341 empresas e movimentando R$ 376 milhões. Mais de 1700 projetos já receberam o apoio da EMBRAPII, totalizando mais de R$ 2,4 bilhões em investimentos.
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