Fibrocimento captura CO2 da atmosfera, diminuindo os gases do efeito estufa
As empresas INFIBRA (Leme, SP) e IMBRALIT (Criciúma, SC) se associaram à unidade EMBRAPII CICS POLI USP para, com apoio da FAPESP, desenvolver um processo industrial de captura acelerada de CO2 (dióxido de carbono) durante a cura das telhas de fibrocimento sem amianto. O processo combina significativos ganhos de desempenho com a mitigação da mudança climática.
A tecnologia desenvolvida permite que 1 m² de telhado capture entre 1,0 kg e 1,5 kg de CO2, o que significa entre 50% e 80% do CO2 liberado pela decomposição do calcário na produção do cimento. Além dos benefícios ambientais, que poderão gerar créditos de carbono, a carbonatação introduz ganhos de desempenho substanciais, como a melhoria do desempenho mecânico e da estabilidade dimensional do produto.
A captura de CO2 é parte do pacote de ferramentas previsto pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) para o enfrentamento das mudanças climáticas. O processo proposto tem a vantagem de capturar o CO2 em um sólido estável gerando um produto de maior valor agregado. A tecnologia tem grande potencial de uso em regiões onde existam operações industriais que geram CO2, como as usinas sucroalcooleiras, termoelétricas, fabricação de cimento e aço.
Sobre a EMBRAPII
A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial é uma Organização Social que tem contrato de gestão com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; Ministério da Educação e Ministério da Saúde. Em sete anos de operação, já apoiou mais de 1 mil projetos, desenvolvidos em parceria com empresas nacionais de diferentes portes e Unidades EMBRAPII em todas as regiões do país. Tais projetos somam investimentos de R$ 1,7 bilhão e mais de 300 pedidos de Propriedade Intelectual.