Durante evento realizado hoje em Belém (PA), as instituições formalizaram o credenciamento de quatro novas unidades Embrapii e forneceram detalhes sobre o programa Inova+ Indústria Digital e Sustentável

A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) realizaram hoje (30) em Belém, no Pará, o evento Inova+ Indústria Digital e Sustentável. Empresários presentes receberam informações sobre como acessar recursos do programa, que tem condições diferenciadas para empresas da região que possuam desafios tecnológicos na área de bioeconomia florestal. Também durante a ação, foi realizada a formalização do credenciamento de quatro novas unidades Embrapii no Norte do país. As iniciativas fazem parte de um esforço conjunto para incentivar a inovação na região.

“Esse evento tem extrema relevância para a região Norte. Estamos habilitando quatro novas Unidades Embrapii para atuar aqui na região e em todo Brasil. Com isso, as empresas terão uma proximidade maior com o conjunto de unidades capacitadas a oferecer soluções tecnológicas que gerem produtos e processos mais inovadores”, destacou Fábio Stallivieri, diretor interino de Planejamento e Relações Institucionais da Embrapii.

Por meio do Inova+, a Embrapii e o BNDES disponibilizam R$ 30 milhões para empresas da região Norte desenvolverem projetos na área de Bioeconomia Florestal. O recurso é parte dos R$ 145 milhões disponibilizados pelo programa Inova+ Indústria Digital e Sustentável para estimular a inovação industrial em sete áreas estratégicas, entre elas, bioeconomia florestal.

Por meio dessa parceria, empresas de grande porte, com Receita Operacional Bruta (ROB) superior a R$ 90 milhões, recebem até 1/3 do valor dos projetos em recursos. Já startups e MPEs, ou projetos cooperativos que envolvam ao menos uma empresa com ROB inferior a R$ 90 milhões, podem ser beneficiadas com até 50% do valor do contrato.

Para estimular a inovação no Norte, as empresas da região também podem receber até 50% do valor dos contratos, independente da receita operacional. Os investimentos provenientes do BNDES são repassados pela Embrapii de forma desburocratizada, sem necessidade de publicação de edital. Os recursos são não reembolsáveis.

“Eu acredito que a parceria promove algo que para mim é essencial, que é a cultura na inovação. Eu acredito que são vantagens estratégicas que fortalecem o sistema nacional de inovação da região e do país. Eu só tenho a agradecer à Embrapii e a vocês que estão nos ajudando a fazer isso acontecer e os recursos do Funtec chegarem mais longe”, ressaltou Thaissa Ferreira Sousa, gerente do Departamento de Gestão do Fundo Amazônia do BNDES.

Projetos em andamento

Os empresários da região Norte que compareceram ao evento tiveram a oportunidade de ouvir depoimentos de representantes de empresas que já contrataram projetos do Inova+. Entre eles, estava a Amazonly, que tem sede no Amapá e recebeu recursos para desenvolvimento de uma biorefinaria para aproveitamento de resíduos oriundos da extração de óleos vegetais e produção de manteiga.

“Temos um trabalho fundamental com as comunidades, com a ancestralidade e o conhecimento milenar. Quando eu fui na Cajari, fui apresentado a pelo menos 18 produtos diferentes. É um enorme potencial de bioprodutos. Essas espécies precisam ser estudadas, pois são bioativos que podemos explorar. A empresa que não tem condição de ter o P&D tem que buscar ajuda na academia”, destacou José Claudio Balducci, CEO da Amazonly

No total, o Inova+ já resultou na contratação de sete projetos na área de bioeconomia florestal, com apoio a oito empresas contratantes. Juntas, as iniciativas já alavancaram R$ 14,5 milhões em investimentos.

Novas unidades

Durante o evento em Belém, a Embrapii, o BNDES e o Ministério da Educação (MEC) assinaram o termo de cooperação que autoriza o funcionamento de quatro novas Unidades Embrapii na região. Serão investidos R$ 9,6 milhões nas Unidades, que atuarão em áreas como tecnologias de produtos florestais amazônicos, desenvolvimento sustentável da fruticultura na Amazônia e economia circular na mineração.

“Cada vez mais vamos descentralizando a força da Embrapii no Brasil. As unidades credenciadas hoje na região Norte estão preparadas para trabalhar com todas as empresas do Brasil”, apontou Marcela Mazzoni, gerente de Novos Programas e Parcerias da Embrapii.

O credenciamento das novas unidades foi publicado em dezembro de 2022 e foi realizado por meio de parceria entre a Embrapii, o BNDES e o MEC. Agora, as assinaturas dos termos de cooperação garantem o início do funcionamento das atividades. O credenciamento é o que permite ao centro de pesquisa a inserção no ecossistema Embrapii de inovação e, assim, possa impulsionar o desenvolvimento de tecnologias apoiadas com recursos não reembolsáveis. Com isso, a região ganha reforço técnico para novos projetos de pesquisa.

Confira a relação de novas unidades:

Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) – A Unidade Embrapii foi credenciadas para atuar na área de tecnologias de produtos florestais amazônicos. A equipe é composta por nove doutores e oito mestres a Unidade terá sede no Laboratório de Tecnologia da Madeira (LTM) da UFOPA, ocupando uma área de aproximadamente 360m², dividida em 10 salas que funcionam como sub-laboratórios integrados que trabalham de maneira integrada, sendo considerada uma das melhores estruturas do Norte e Nordeste para bioprodutos florestais.

Universidade Federal do Pará (UFPA) – A Unidade Embrapii terá atuação focada no desenvolvimento sustentável da cultura de frutas na Amazônia. A equipe é composta por 33 doutores e sete mestres. O grupo atua no desenvolvimento de métodos adequados para o processamento do açaí e mais recentemente com a produção de cacau na Amazônia. A infraestrutura inclui quatro laboratórios no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá e dois laboratórios no setor básico do campus de Belém, com mais de 5,4 mil m² no total.

Instituto Senai de Inovação (ISI) em Tecnologias Minerais – A Unidade será focada na área de Economia Circular na Mineração, com foco na utilização de resíduos de mineração na agricultura e de resíduos de mineração em outras cadeias produtivas. Localizado em Belém (PA) e com sede própria em um prédio de 3 mil m², o ISI-TM possui laboratórios com infraestrutura completa para Análises Térmicas e Caracterização de Materiais Infraestrutura; Tratamento de Resíduos e Efluentes; Biotecnologia Mineral e Infraestrutura e Segurança na Mineração. A Unidade conta com equipe de pesquisa composta por 16 colaboradores fixos, entre mestres e doutores, e quatro bolsistas de iniciação científica.

Universidade Federal de Tocantins (UFT) – Localizada em Palmas, a Unidade atuará no desenvolvimento de pesquisas para projetos de bioinsumos da Amazônia Legal. As pesquisas terão foco na execução de projetos do Programa Rota 2030 da Embrapii, para atendimento a demandas do setor de mobilidade e logística por bioinsumos. As ações serão voltadas ao apoio de bioindústrias e o posterior resultado em bioprodutos, fortalecendo o campo da indústria 4.0. A Unidade utilizará ampla infraestrutura e rede de laboratórios de ensino nas áreas de Agroenergia, Engenharia de Alimentos e Ambiental e Ciência da Computação, em uma rede de tecnologias e inovações integradas. No total, são mais de 750m² de espaços científicos. Além disso, contará com uma equipe composta por 13 doutores e 2 mestres.

Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

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