A parceria vai viabilizar o intercâmbio de conhecimento científico entre as entidades
Para fortalecer o apoio à inovação brasileira e promover iniciativas de colaboração científica e desenvolvimento tecnológico, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) firmam, nesta quarta-feira (17), um Acordo de Cooperação Tecnológica. A cerimônia ocorrerá às 11 horas, no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em Brasília.
A parceria pretende qualificar os Institutos de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal (ICTs/DF) e divulgar o modelo EMBRAPII às empresas da região. Além disso, prevê encontros periódicos e intercâmbio de experiências entre as duas organizações.
“A convergência entre indústria e os centros de pesquisa pode fazer do Brasil um país inovador. Precisamos incentivar esta parceria para aprimorar a competitividade da indústria nacional, promover maior qualificação dos nossos profissionais de pesquisa e devolver à sociedade produtos e processos que possam alavancar a nossa economia”, destaca Jorge Guimarães, diretor-presidente da EMBRAPII. “O momento é de eleger prioridades no fomento à P,D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e nossas parcerias com as FAP’s seguem essa linha. Começamos muito bem com FAP-DF.”
O Distrito Federal conta com a Unidade EMBRAPII de Bioquímica de Renováveis, a Embrapa Agroenergia. A Unidade já firmou cinco contratos que somaram R$ 6,9 milhões. Entre os projetos, está o desenvolvimento de variedades de cana-de-açúcar capaz de realizar o controle biológico da broca-da-cana (uma espécie de mariposa presente nos canaviais) e evitar as perdas causadas pela lagarta que chegam a R$ 4,88 bilhões por ano, ao considerar a área total de cultivo no país.
Financiamento EMBRAPII
A EMBRAPII mantém contrato de gestão com o Ministério da Ciência Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Saúde. Atua por meio da cooperação com instituições de pesquisa científica e tecnológica, públicas ou privadas, tendo como foco as demandas empresariais e como alvo o compartilhamento de risco na fase pré-competitiva da inovação.
O financiamento da instituição obedece a seguinte regra geral: a EMBRAPII pode investir até 1/3 das despesas das Unidades com projetos de PD&I (recursos não-reembolsáveis), enquanto o restante é dividido entre a empresa parceira e a Unidade. Ao compartilhar riscos de projetos com as entidades (por meio da divisão dos custos do projeto), estimula-se o setor industrial a inovar mais e com maior intensidade tecnológica para, assim, potencializar a força competitiva das empresas no mercado interno e internacional.