Com investimento de R$ 1,8 milhão, projeto-piloto estará em órbita dentro de 18 meses e contribuirá para políticas públicas em diferentes áreas
O primeiro satélite brasileiro desenvolvido integralmente pela indústria nacional será lançado em órbita dentro de 18 meses com apoio da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), que destinou ao projeto-piloto R$ 1,8 milhão em recursos não-reembolsáveis. O desenvolvimento do satélite será feito em parceria com a Unidade EMBRAPII Instituto Senai de Inovação (ISI) Sistemas Embarcados e a empresa Visiona Tecnologia Espacial. O investimento total do projeto-piloto será de R$ 5,5 milhões. A assinatura do contrato para a realização do projeto-piloto ocorreu dia 21 de maio, em Florianópolis (SC), durante a 8ª edição do Programa de Imersões em Ecossistema de Inovação, na sede da Unidade EMBRAPII ISI Embarcados.
No espaço, o satélite irá coletar dados e imagens, que serão enviadas à uma estação de controle em terra, estipulada pelas empresas parceiras no projeto-piloto. A primeira fase de testes da operação será em parceria com o Governo do Estado de Santa Catarina, que estuda a possibilidade de realizar experimentos ligados à área de cidades inteligentes. O projeto-piloto servirá para adquirir conhecimento para o desenvolvimento de satélites comerciais, que serão utilizados como fonte para o direcionamento de políticas públicas em diversas áreas.
Em uma fase posterior, será possível utilizar as informações coletadas para melhorar a produção agropecuária e prevenir os efeitos de tragédias naturais como enchentes e deslizamentos de terras. “O projeto permitirá novos empregos no setor de tecnologia e melhoria da produtividade agropecuária e industrial em geral. Negócios ligados à conectividade usada em IoT, agricultura de precisão e cidades inteligentes são exemplos de algumas possibilidades de novos negócios”, destaca Pierre Mattei, Diretor de Inovação da Unidade EMBRAPII ISI Embarcados.
O satélite pesará cerca de 11 quilos e contará com um software, que também será desenvolvido pelas empresas. O projeto-piloto também prevê um segmento de solo, composto por uma estação para controle e rastreio de satélites, além de uma rede de Plataformas de Coleta de Dados para validação dos protocolos de comunicação e uma bancada de integração do sistema do satélite.