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Publicado em 13 novembro, 2025
Embrapii participa do painel Inovação em Descarbonização Profunda das Indústrias de Aço e Cimento no Brasil | Crédito: Augusto Coelho/CNI
Projeto foi apresentado na COP30 e terá investimento de cerca de R$ 153 milhões em tecnologias verdes para setores de alta emissão
A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) anunciou, nesta quinta-feira (13), uma parceria internacional para acelerar a descarbonização das indústrias de aço e cimento no Brasil. O projeto foi apresentado durante a COP30, em Belém (PA), no painel Inovação em Descarbonização Profunda das Indústrias de Aço e Cimento no Brasil, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Financiado pela International Climate Initiative (IKI) do Governo da Alemanha e coordenado pela GIZ – agência federal alemã para cooperação técnica –, o projeto “Inovação em descarbonização profunda para as indústrias de aço e cimento do Brasil” mobilizará em torno de R$ 153 milhões em investimentos.
Durante o painel, o presidente da Embrapii, Alvaro Prata, destacou que o país está construindo uma rede robusta de conhecimento científico e tecnológico para acelerar a descarbonização dessas cadeias produtivas, reconhecidas mundialmente por sua complexidade e alto impacto ambiental.
Segundo Prata, o novo consórcio internacional no qual a Embrapii atua reúne parceiros nacionais e estrangeiros em torno de soluções que combinam ciência de ponta, economia circular e transição energética. “Estamos falando de setores consolidados, com pouca margem para diferenciação de produto e alta competitividade. É justamente por isso que precisamos unir o melhor do conhecimento global às nossas competências locais”, afirmou.
A execução do projeto contará com a participação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido) e da Fraunhofer IPK, e terá apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Ministério do Desenvolvimento Indústria, Comério e Serviços (MDIC) atua como parceiro político no governo federal.
Moderado pela diretora de Projeto de Educação Profissional da Deutsche Gesellschaft für International Zusammenarbeit Gmbh (GIZ), Julia Giebeler, o painel contou ainda com a participação do diretor de Descarbonização e Finanças Verdes da Secretaria de Economia Verde do MDIC, Francisco Paiva; do chefe da Iniciativa Internacional para o Clima (IKI) do ministério Federal do Meio Ambiente, Proteção da Natureza, Segurança Nuclear e Proteção ao Consumidor da Alemanha (BMUKN), Philipp Behrens; do superintendente de Transição Energética e Infraestrutura da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Newton Kenji Hamatsu; e do superintendente de Inovação e Tecnologia do Senai, Roberto Medeiros.
O diretor de Descarbonização e Finanças Verdes do MDIC, Francisco Paiva, ressaltou que o consórcio internacional em formação, que reúne instituições como a Embrapii e redes de pesquisa globais, pretende criar competências tecnológicas no Brasil, estimular a economia circular e consolidar rotas alternativas de produção capazes de mitigar emissões antes que os gases cheguem à atmosfera.
“A expectativa é que o país contribua local e internacionalmente com recursos, conhecimento e capacidade técnica, preparando nossa indústria para os novos desafios impostos pela transição energética”, completou o diretor.
Incentivos previstos
Como parte do projeto, a Embrapii lançará uma Chamada de Projetos de Alto Impacto para estimular parcerias entre empresas e instituições de pesquisa, com foco na criação de soluções tecnológicas sustentáveis e a implantação de plantas-piloto nas indústrias siderúrgicas e cimenteiras.
A seleção e definição das rotas tecnológicas mais promissoras serão feitas com auxílio do centro de excelência e de competências em tecnologias de descarbonização profunda para os setores, que será desenvolvido pelo Senai – braço do Sistema Indústria para formação profissional e pesquisa, desenvolvimento e inovação. O centro oferecerá apoio para testar tecnologias de descarbonização, avaliar a escalabilidade em ambiente industrial e formas de reduzir custos.
“Um problema complexo tem que ser tratado com uma solução complexa. Então nós temos aqui um recurso inteligente sendo colocado”, destacou o superintendente de Inovação e Tecnologia do Senai, Roberto Medeiros. Ele acrescentou que é preciso criar um conhecimento que transborde e seja absolvido para a indústria nacional. “Nesse sentido, além do Senai investir na parte de pesquisa e desenvolvimento, vamos atuar em conjunto com a Embrapii, em conjunto com a Finep, trazendo toda a parte P&D nos nossos institutos, além de desenvolver o Centro de Competência”, finalizou.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado.
Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
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