Unidade já assinou um total de seis projetos no programa Rota 2030; quatro foram iniciados em 2023

A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e a Unidade Embrapii CCM-ITA (Centro de Competência em Manufatura do Instituto Tecnológico de Aeronáutica) ampliaram a parceria neste ano de 2023, chegando a um investimento total de R$ 6,5 milhões com seis projetos em andamento. Os contratos fazem parte do Programa Prioritário (PP) PD&I para a cadeia de fornecedores de mobilidade e logística do Rota 2030, que é coordenado pela Embrapii e foi estruturado para apoiar a cadeia de fornecedores do setor automotivo.

“O ITA é um dos principais centros de excelência e inovação do país. Com a Embrapii, tem desenvolvido cada vez mais projetos complexos, estruturantes e disruptivos que atendem às necessidades das empresas brasileiras, tanto projetos de grandes empresas, como também das pequenas e médias, e startups”, destacou o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth.

Dos seis projetos contratados por meio da parceria entre a Embrapii e a Unidade CCM-ITA, quatro foram assinados neste ano. Dois deles foram lançados oficialmente nesta quarta-feira (7), nas instalações do ITA, no município de São José dos Campos, no interior de São Paulo.

“O modelo da Embrapii tem dado um enorme sucesso para nossas parcerias, porque aproxima a academia do setor produtivo em projetos que estão com o nível de maturidade tecnológica bastante avançado, podendo gerar impacto na indústria em comercializações, exportações, proteção do conhecimento e várias atividades de geração emprego em nosso país”, disse o reitor do ITA, Anderson Correia.

O primeiro projeto é chamado AGILE e tem o objetivo de mapear o potencial de engrenagens com infiltração polimérica e fabricadas pelo processo de manufatura aditiva metálica para aplicações relacionadas à eletromobilidade. O contrato no valor total de R$ 1,7 milhão, com financiamento pela Embrapii e cooperação internacional da União Europeia, conta com a participação de 21 empresas parceiras, entre elas a Eaton Ltda e a Eigendauer Serviços de Engenharia Ltda. A Embrapii vai investir, com recursos do Rota 2030,  R$ 847,5 mil na pesquisa,  a qual terá conclusão em maio de 2025.

Entre os projetos a serem iniciados também está o AgriGear, que busca o desenvolvimento de um superacabamento de engrenagens  de transmissão de máquinas agrícolas, para aumento de durabilidade e capacidade de carga. A iniciativa partiu de três empresas parceiras, entre elas a AGCO do Brasil, Eaton Ltda e Rösler Otec do Brasil. A Embrapii vai investir um total de R$ 720 mil no projeto, com alavancagem total de R$ 1,5 milhão, a partir das contrapartidas da Unidade Embrapii e das empresas. A pesquisa terá duração de 24 meses, com conclusão prevista para maio de 2025.

“Esses são projetos que colocam a indústria 4.0 como viabilizador da mobilidade elétrica. E a mobilidade tem que ser compreendida mais do que o carro elétrico. A gente está no Instituto Aeronáutico e isso (mobilidade) pode ser o carro que voa ou o avião elétrico ou então você pode ter o trator elétrico. Pode ser qualquer tipo de modal que leva em consideração propulsões alternativas”, explicou Ronnie Rego, coordenador da Unidade Embrapii CCM-ITA.

Outros projetos

No fim de maio, a Embrapii e a Unidade CCM-ITA assinaram dois contratos que somam R$ 1,998 milhão. O primeiro deles tem o objetivo de desenvolver uma solução para transformar caixas de transmissão em sistemas IoT – Internet das Coisas, na sigla em inglês -, por meio de sensores de vibração. A solução deverá ter capacidade de identificar com precisão desgastes de rolamentos e engrenagens, facilitando a manutenção e reduzindo os custos com reparos e o tempo de máquina parado.

O segundo projeto busca o desenvolvimento de um demonstrador técnico econômico de tensões residuais, que fará a quantificação dos benefícios técnicos e econômicos de tensões residuais no projeto e na fabricação de componente mecânico de um sistema de transmissão de potência. Em especial, o projeto investigará os benefícios de tensões residuais quando considerados diferentes modos de falha no projeto dos componentes

No ano de 2022, a Embrapii e o ITA já haviam iniciado dois outros projetos no âmbito do programa Rota 2030. O contrato assinado com as empresas Subiter Tecnologia e WEG Cestari tem valor de R$ 300 mil. Já o contrato da Alkimat Tecnologia tem investimento total de R$ 1,152 milhão.

O CCM-ITA é uma Unidade EMBRAPII credenciada para desenvolver projetos na área de Sistemas de Transmissão de Potência, atuando de forma multidisciplinar e integrada nas áreas de Design, Manufatura e Monitoramento e Controle de Sistemas de Transmissão. A equipe conta com 69 colaboradores, entre doutores, mestres, engenheiros e técnicos, e as pesquisas possuem aplicação especialmente em veículos de passeio, comerciais e agrícolas.

Rota 2030

Desde 2019, a Embrapii coordena o Programa de Mobilidade e Logística do Rota 2030 – iniciativa do Governo Federal para promover o desenvolvimento do setor automotivo no Brasil. O Rota 2030 recebe aporte de empresas beneficiadas pelo regime de autopeças não produzidas e que, em contrapartida, recebem isenção fiscal. Esse recurso, por sua vez, fica disponível para os projetos de empresas que queiram inovar no modelo Embrapii.

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