• I-LITEPG vai trabalhar temas de ponta do setor de petróleo, transição energética, meio ambiente, novos combustíveis entre outros;
• Poderão dispor dos serviços da Unidade tanto empresas de grande porte, com atuação no pré-sal brasileiro, como as de menor porte, com atuação local, nas bacias terrestres do Nordeste brasileiro
O presidente interino da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Igor Nazareth, e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos, assinaram nesta terça-feira (2) o termo de cooperação que autoriza o funcionamento da nova Unidade Embrapii I-LITPEG (Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), localizada em Recife.
Para estimular a inovação, serão investidos R$ 16 milhões para o desenvolvimento de projetos em uma área estratégica e de grande impacto econômico – petróleo e gás. Há ainda a expectativa de aplicação dos projetos a serem desenvolvidos pela nova Unidade na área ambiental.
“O I-LITPEG irá trabalhar uma temática de importância fundamental. O mundo inteiro está falando de transição energética sustentável. E aqui vamos trabalhar o setor de Petróleo e Gás com esse foco, pensando como vamos fazer processos de redução de emissão e de armazenamento de CO2, de produção de hidrogênio como fonte de energia alternativa para o processo industrial, de novos biocombustíveis e de bioenergia”, disse o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth.
A Unidade vai atuar, em parceria com empresas do setor industrial, no desenvolvimento de novas soluções tecnológicas especificamente na área de modelagem de reservatórios e otimização aplicada a recursos energéticos e meio ambiente.
“Isso mostra um avanço de aproximar os centros de pesquisa do setor produtivo. Não basta ostentarmos que somos o 13º país em produção de pesquisa. Nós precisamos traduzir isso em realizações para o povo. A Embrapii é uma dessas ferramentas para esse processo, para garantir a geração de inovação, para tornar as empresas mais produtivas e a nossa economia mais competitiva”, afirmou a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luciana Santos.
O reitor da UFPE, Alfredo Gomes disse que “essa área da transição energética é fundamental para que possamos fortalecer a relação entre a universidade e o setor produtivo. Nós precisamos ter clareza de que precisamos fazer essa articulação e, dessa forma, buscar nesses projetos a legitimidade devida das universidades”. Também participaram do evento a diretora do I-LITIPEG, Yeda Almeida, e o coordenador da Unidade Embrapii, Leonardo Guimarães.
O resultado da chamada que credenciou a Unidade Embrapii I-LITPEG foi publicado em dezembro de 2022 e agora, apenas quatro meses depois, fica autorizado o início das atividades.
Investimentos no Nordeste
Desde sua fundação, a Embrapii já apoiou um total de 396 empresas e 640 projetos de inovação na região Nordeste do país, com investimento alavancado de R$ 834 milhões. Destes, 472 projetos já foram concluídos e resultaram em 414 pedidos de propriedade intelectual. Apenas no Estado do Pernambuco, foram R$ 20,5 milhões para apoio a 19 projetos de 16 empresas.
O credenciamento do I-LITPEG é mais um importante passo da Embrapii para apoio a projetos de inovação no Nordeste brasileiro. A unidade passa a compor um amplo ecossistema de inovação composto por 96 unidades espalhadas por todo Brasil e permite que o centro de pesquisa receba recursos da Embrapii para o desenvolvimento de novos projetos de pesquisa, em sinergia com o setor privado.
Área de atuação
A Unidade Embrapii no I-LITPEG vai atuar na área de modelagem de reservatórios e otimização aplicada a recursos energéticos e meio ambiente. São três sublinhas de ação: Modelagem Geológica de Reservatórios; Otimização Robusta e Simulação Multifísica de Reservatórios; e Mitigação e Bioenergia.
De maneira geral, os pesquisadores vão buscar novas soluções tecnológicas para empresas que atuam com petróleo e gás, transição energética, armazenamento geológico de gás carbônico e hidrogênio verde, mitigação de danos ambientais e bioenergia.
Para realização das pesquisas, o Instituto conta com ampla infraestrutura de laboratórios e quantidade e diversidade de equipamentos de alta complexidade. Entre os destaques estão o setor de cromatografia para o setor de Petróleo, Gás e Energia e também a área de modelagem e simulação computacional para processamento de alto desempenho, armazenamento e visualização científica distribuída.
A equipe que atuará mais diretamente nos projetos que serão desenvolvidos é composta por 31 pesquisadores com doutorado nas seguintes áreas de conhecimento: engenharia civil, geologia, física, engenharia mecânica e tecnologia ambiental. Nos últimos 5 anos, esta equipe já desenvolveu pelo menos 18 projetos de PD&I com empresas do setor industrial, somando mais de R$ 30 milhões em recursos captados.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com instituições de pesquisa, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial, com o objetivo de fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta pesquisa e empresas, e divide riscos, ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade com a competência técnica que se enquadra às necessidades de seu projeto.
A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.Sobre o I-LITPEG
O Instituto de Pesquisa em Petróleo e Energia (I-LITPEG) é o mais novo instituto de pesquisa da UFPE, que tem por objetivo integrar a indústria e a academia no desenvolvimento de novas tecnologias, com foco na transição energética sustentável, no fomento à inovação e na formação de recursos humanos para as diversas áreas da cadeia produtiva da indústria do petróleo, gás natural, biocombustíveis, energia renovável e meio ambiente. O instituto foi inaugurado em março de 2019 e nasceu como um importante instrumento de geração de inovação e produção de conhecimento no Nordeste do Brasil.