Organização auxilia na elaboração do plano estratégico para a cadeia do setor no horizonte temporal de 2035
A Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) foi uma das entidades convidadas a participar da construção da Rota Estratégica da Indústria de Cloro-Álcalis realizada pela Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), na terça-feira (7), na Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo. O encontro reuniu os principais steakholders do setor para debater o papel da indústria de cloro-álcalis no desenvolvimento do Brasil, tendências mundiais, barreiras e fatores críticos de sucesso e ações que podem melhorar a competitividade, além da construção de uma visão de futuro para um horizonte de 15 anos.
A presença da Embrapii demonstra o diálogo com diversos setores da indústria para acelerar a inovação no Brasil, entendendo a demanda do mercado e aproximando-o dos mais importantes centros de pesquisa para o desenvolvimento de soluções, em sinergia com o setor produtivo. A produção brasileira de cloro e derivados representa 60% do mercado latino-americano e tem 1% na participação no PIB nacional, demonstrando a necessidade perene de inovação.
O diretor de Operações da Embrapii, Carlos Eduardo Pereira, apresentou os instrumentos disponibilizados pela organização destinados para incentivar a inovação industrial. Entre eles, o Basic Funding Alliance (BFA), uma das modalidades que estimula a pesquisa em tecnologias de fronteira. A Embrapii apoia mais de 1,9 mil projetos em setores como saúde, agroindústria, bioeconomia, sustentabilidade, economia circular e materiais avançados. Todos amparados por uma rede composta pelos principais centros de excelência do país, distribuídos em todo território nacional.
“O setor de cloro-álcalis abrange diversas áreas da indústria com grande potencial para inovação, e a nossa troca é importante no apoio à construção de rotas estratégicas, sobretudo, quando que está alinhada com a agenda global de descarbonização, eficiência energética e ESG”, disse o diretor de Operações da Embrapii, Carlos Eduardo Pereira.
O evento contou com a participação de CEOs e C-Levels de empresas da Braskem, Dow, Unipar, Chlorum, Chemtrade e Katrium, presidentes de associações do Instituto Brasileiro do PVC, Abiquim, Abrace, Conselho Federal de Química, Trata Brasil, fornecedores de serviços e tecnologias, além de representantes dos segmentos consumidores de tratamento de água e esgoto, alimentício, farmacêutico, insumos agrícolas e celulose.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e a Secretaria do Estado de São Paulo representaram o setor público na construção do projeto.
Indústria Cloro-Álcalis e derivados
A abrangência econômica das atividades da indústria do cloro e derivados vai muito além de sua participação no PIB. O consumo de cloro é um dos aspectos que apontam o desenvolvimento de um país, uma vez que ele é o principal agente de saúde pública no mundo todo.
O produto possui uma série de derivados químicos utilizados em indústrias e empresas prestadoras de serviços. Entre os principais deles, está o PVC (policloreto de vinila), largamente empregados na construção civil. Outros derivados estão presentes em processos dos setores de siderurgia e mineração que, por sua vez, fornecem matéria-prima para os segmentos automotivo, eletrônicos e elétricos, recreação etc.
Produtos à base de cloro também são usados em lavouras. A água sanitária (hipoclorito de sódio) é fortemente difundida na higienização de alimentos. Na área da saúde, o cloro é componente básico de 85% dos remédios, para o tratamento de doenças como hipertensão, câncer, AIDS, pneumonia, alergias, diabetes e meningite, só para citar alguns exemplos.