A Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia, que envolve 29 Unidades Embrapii, realizou, nesta sexta-feira (14), a reunião de seu Conselho Consultivo. O colegiado é composto por dez associações empresariais e instituições de fomento, que abrangem um ecossistema voltado ao desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias com temáticas direcionadas à economia verde para atuar no apoio à indústria nacional.
No encontro, o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth, fez um balanço das ações realizadas até o momento pela Rede e um resumo das perspectivas para novos investimentos na área. Ao todo, a Embrapii apoiou 353 empresas em 345 projetos na área de bioeconomia, sendo gerados 85 pedidos de Propriedade Intelectual. O montante alavancado foi de R$ 412 milhões.
“Essa é a força da Rede MCTI/Embrapii de Bioeconomia. O diálogo com o setor privado, na identificação de gargalos e demandas, vai possibilitar que a gente pense novas frentes e áreas de fronteira, conectadas com a realidade daquilo que o setor privado precisa e daquilo que as nossas Unidades Embrapii – que é o que existe de melhor em termo de ICTs no país-, têm capacidade e competência para desenvolver. A gente vai continuar priorizando e fortalecendo essa agenda, ampliando recursos e projetos ao longo do tempo”, destacou.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, Márcia Barbosa, ressaltou a Bioeconomia como uma área prioritária para a nova industrialização. “Essa Rede é fundamental, com o super apoio que a Embrapii tem dado, para a gente conseguir entender quais são os gargalos. Para quando chegar na construção dos editais, que sejam interconectados; para que eu esteja financiando pesquisador e pesquisadora que consigam se conectar com o que a gente vai produzir lá no final”.
A secretária elogiou ainda o modelo Basic Fund Alliance (BFA), disponibilizado pela Embrapii, para o apoio ao desenvolvimento de soluções inovadoras com nível de maturidade tecnológica menor, próximas da pesquisa básica, quando há grande risco para as empresas. Márcia evidenciou que o BFA é uma oportunidade para jovens pesquisadores que têm uma ideia disruptiva. “Nós queremos a disrupção, a fronteira. Ela começa no laboratório e ela tem que estar na prateleira”, frisou.
O presidente da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia, Paulo Coutinho, ainda destacou o potencial da Bioeconomia para o país. “Até 2050, o Brasil pode chegar a um aumento de PIB de quase U$ 300 bilhões e com uma redução na emissão de carbono de quase 14 gigatons. Então a gente vem crescendo, ampliando essa parte de Bioeconomia no país”, ressaltou. Ele colocou a Rede de Bioeconomia à disposição do MCTI para as contribuições necessárias no processo de mapeamento dos gargalos do setor.
Também participaram da reunião o diretor-geral do CNPEM, Antônio José Roque, e representantes dos Comitês técnicos da Rede nas áreas de Desenvolvimento de Ecossistemas, Bioeconomia Industrial e Bioeconomia da Biodiversidade.
O próximo encontro do Conselho Consultivo está marcado para agosto.