Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a EMBRAPII apresenta uma série de entrevistas com mulheres que fazem a diferença no segmento da Inovação! Hoje, você conhece a história de Fernanda Barbosa Borges Jardim, coordenadora e pesquisadora na Unidade EMBRAPII IFTM Soluções Agroalimentares
O perfil curioso e investigativo de Fernanda Barbosa Borges Jardim deu início a sua trajetória no universo da ciência. Tudo começou quando, como aluna de graduação em Engenharia de Alimentos na Universidade de Campinas (UNICAMP), foi bolsista de iniciação científica com o tema “Qualidade de Café”. Após a conclusão da graduação, entrou no mestrado em Tecnologia de Alimentos na mesma instituição, onde desenvolveu uma pesquisa sobre “Qualidade Microbiológica de Carne” e, também, um contato maior com pesquisadores, o que a levou a ter maior interesse peala área.
Ao atuar como docente e pesquisadora nas Faculdades Associadas de Uberaba (FAZU), em cursos de graduação e especialização em alimentos, e também como servidora pública no Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM, onde atua até hoje, Fernanda descobriu que estava ali sua vocação profissional.
As atividades de pesquisa continuaram e ela concluiu Doutorado em Alimentos e Nutrição na Universidade Estadual Paulista (UNESP) com a temática “Desenvolvimento de um novo produto lácteo”. As pesquisas continuaram na área de Ciência e Tecnologia em Alimentos em cursos técnicos, tecnológicos e mestrado no IFTM, onde recentemente, aceitou o novo desafio como Coordenadora e Pesquisadora da Unidade EMBRAPII IFTM Soluções Agroalimentares. No entanto, diversos são os desafios. Confira a entrevista!
Como começou seu interesse pela área da ciência?
A ciência sempre esteve presente em minha trajetória de estudante pelo meu perfil, ser curiosa, estudiosa e investigativa. Mas, a vocação se consolidou durante minha graduação como bolsista de iniciação científica. O interesse também foi despertado pelo contato com pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa, como o Instituto de Tecnologia de Alimentos – ITAL em Campinas, onde fiz estágio durante a graduação.
As mulheres já se mostraram importantes na ciência, mas ainda há preconceito de gênero. Quais os maiores desafios enfrentados em sua trajetória por ser mulher?
A minha família sempre me incentivou nos estudos e nos meus sonhos profissionais, mas não impediu que eu fosse criada em um ambiente machista onde ainda persiste uma visão de que uma mulher pode alcançar sucesso profissional, mas sua prioridade é ser boa mãe e esposa. Outro desafio é conciliar meus papéis como pesquisadora, professora, mãe e esposa. A mulher tem o dom de conseguir exercer todas estas funções simultaneamente, mas esta situação não deixa de sobrecarregar a maioria das mulheres.
Como incentivar que mais meninas se interessem pela área da ciência, tecnologia e inovação?
O incentivo começa no ambiente familiar e se estende para o ambiente escolar. O papel do professor como motivador e as oportunidades de participação em feiras de ciências, pesquisas, intercâmbios e práticas são muito importantes para este contato inicial com a área. É importante também conscientizar as meninas de que elas são capazes e inteligentes para ingressarem nesta área, que ainda é dominada pelos homens. Também, uma interessante estratégia é apresentar a experiência de mulheres bem-sucedidas na área de ciência, tecnologia e inovação.
À frente da Unidade EMBRAPII, quais são os próximos desafios?
Os próximos desafios a frente da Unidade EMBRAPII são viabilizar projetos inovadores na área agroalimentar, que possam contribuir com a inovação na indústria brasileira e fortalecer a pesquisa aplicada na instituição que represento, por meio da capacitação de pesquisadores e estudantes.