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Fórum Mundial de Bioeconomia escolheu a Embrapii como parceira no Brasil para a iniciativa

A Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia - formada por centros de pesquisa especializados no tema e associados à entidade – iniciou neste mês uma pesquisa nacional para mapear e consolidar dados estratégicos sobre a área no Brasil e os atores do setor. O levantamento será realizado até o final de setembro.

A iniciativa foi iniciada após o Fórum Mundial de Bioeconomia escolher a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) como parceira no Brasil para a criação de uma rede mundial para atender o setor de bioeconomia. O objetivo dessa rede mundial é incentivar o diálogo relacionados à bioeconomia global, seus desafios e oportunidades.

“A nossa participação coloca a Embrapii como parceira direta nessa conexão global entre agências de fomento e institutos de pesquisa. Isso promove a cooperação internacional na busca pela inovação em uma das áreas que mais cresce na economia”, avalia Fábio Stavillieri, diretor interino de Planejamento e Relações Institucionais da Embrapii.

A análise que será desenvolvida a partir da pesquisa em andamento irá promover uma grande cooperação internacional ao permitir que os países interessados informem sobre quais tópicos e assuntos que deve incluir.

O levantamento é voltado aos especialistas no tema e às empresas que desenvolvem projetos na área, e explorará os seguintes tópicos:

1) Quais questões da bioeconomia devem ser discutidas em nível global;

2) Como um hub global em potencial deve ser gerenciado e organizado; e

3) Como deve ser financiado.

Entre os parceiros internacionais envolvidos nessa conexão mundial, estão a Universidade Tecnológica de Michigan (EUA); o Instituto de Biotecnologia Industrial de Tianjin (China); a VTT, instituição de pesquisa do governo da Finlândia; a VITO, centro de pesquisa belga; o Instituto Ambiental de Estocolmo (Suécia); o Conjunto Italiano de Bioeconomia Circular (Spring); a Comunidade do Leste Africano (EAC Jumuiya Ya Afrika Mashariki); e o blog europeu IL Bioeconomista (https://ilbioeconomista.com/).

“O Brasil é protagonista em bioeconomia no mundo. Ser um dos parceiros para a formação da rede mundial é mais uma oportunidade de mostrar o que temos a oferecer para o desenvolvimento do setor”, destaca Paulo Coutinho, presidente da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia.

O Fórum Mundial de Bioeconomia é composto por 90 nações e opera sob uma rígida estrutura de quatro pilares: A Bioeconomia: Pessoas, Planeta, Políticas; Líderes Globais e o Mundo Financeiro; Bioprodutos ao Nosso Redor; Olhando para o Futuro. O uso dessa estrutura permite a avaliação completa do estado da bioeconomia circular e, assim, facilita o desenvolvimento em todo o setor.

O presidente do Fórum Mundial de Bioeconomia, Christian Patermann descreve o status da bioeconomia global: “Existe um dinamismo ininterrupto em todo o mundo no desenvolvimento de estratégias nacionais e regionais de bioeconomia nos últimos anos, em particular da Colômbia e Uruguai à Namíbia, da região da Austrália ao Egito, e da China ao estado brasileiro do Pará. Não existe, no entanto, nenhum mecanismo em todo o mundo para identificar sistematicamente em quais estados ou regiões essas estratégias estão em andamento, com que tipo de prioridades em conteúdo e financiamento, em que formato. Uma pesquisa como a proposta, a primeira do gênero já realizada, pode vir a ser uma grande ajuda para todos aqueles que se empenham seriamente em tornar este planeta mais sustentável.”