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Projeto da Embrapii vai ajudar a recuperar vegetação afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul

Publicado em 9 setembro, 2025

Projeto Reflora RS vai recuperar as margens dos rios afetadas pelas enchentes

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, em de abril de 2024, resultaram não apenas em perdas humanas, mas também em uma crise ambiental de grandes proporções. Tecnologia criada na Unidade Embrapii Fibras Florestais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) vai auxiliar na recuperação ambiental do estado. O projeto Reflora RS inclui resgate de DNA da vegetação nativa e plantio de 6 mil árvores de 30 espécies nativas. Os trabalhos tiveram início em agosto e devem se estender por três anos.

 

O objetivo é acelerar a recuperação ambiental das margens dos rios em até 10 anos. “Como feito em Brumadinho, será possível ter um florescimento precoce das espécies e, com isso produzir mais sementes em menor tempo”, explica o professor do Departamento de Engenharia Florestal da UVF Glêison dos Santos, responsável pela pesquisa. As etapas de trabalho incluem a coleta de DNA em campo para as mudas, enxertia, florescimento das plantas e plantio nas regiões atingidas pelas enchentes.

 

A mesma tecnologia foi implementada em Brumadinho (MG) para ajudar a reparar áreas atingidas pelo rompimento da barragem de rejeitos em 2019. Lá, a técnica foi aplicada na recuperação ambiental do Córrego do Feijão, da mineradora Vale. O resgate de DNA também foi aplicado em projetos para a redução dos impactos ambientais causados pela mineração nos municípios mineiros de Conceição do Mato Dentro, Nova Lima e Ouro Branco, e também na Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. A tecnologia também é aplicada a diversos biomas, como a Amazônica, Cerrado e Mata Atlântica para ajudar no reflorestamento.

 

O projeto tem investimento de cerca de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 2,34 milhões da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e R$ 2,30 milhões de contrapartida econômica da própria UFV. As atividades de campo terão início em agosto deste ano.

 

Resgate de DNA

A técnica de resgate de DNA vegetal demonstra um potencial transformador para a recuperação de áreas degradadas e para a preservação da base genética de espécies nativas. A estratégia inclui o resgate de indivíduos isolados, em risco de morte, permitindo sua manutenção temporária em ambientes protegidos e controlados, até que possam ser reintroduzidos no campo em condições favoráveis. Um dos diferenciais dessa abordagem está no uso da indução de florescimento precoce, que possibilita que os indivíduos resgatados iniciem seu ciclo reprodutivo imediatamente após a implantação nas áreas de restauração.

 

Sobre a Embrapii

 

A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto.

 

A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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