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Publicado em 12 agosto, 2025
Macrófitas aquáticas rio sucuriú
Pesquisa realizada na Unidade Embrapii ISI Biomassa, do Mato Grosso do Sul, recebeu patente no Brasil e nos Estados Unidos
A Unidade Embrapii do Instituto Senai de Inovação em Biomassa desenvolveu uma tecnologia inédita que transforma em biocombustível algas que crescem em hidrelétricas. O que antes atrapalhava o funcionamento das hidrelétricas virou solução energética. O projeto “Macrofuel: Aproveitamento Energético de Bio-Óleo Pirolítico de Macrófitas Aquáticas para Produção de Biocombustível” já recebeu patente nos Estados Unidos e no Brasil. O projeto teve início em 2019 e foi desenvolvido por meio de uma parceria entre o Senai Biomassa, a Embrapii, a empresa CTG Brasil e a ANEEL.
O objetivo era desenvolver um processo para obter biocombustível semelhante ao diesel, utilizando tratamento catalítico do bio-óleo extraído da pirólise rápida (decomposição térmica em alta temperatura) de macrófitas aquáticas encontradas nos reservatórios das usinas hidrelétricas da CTG Brasil, possibilitando seu uso em motores diesel convencionais.“Além de oferecer uma solução energética sustentável, o projeto buscou mitigar os impactos negativos das macrófitas na operação das hidrelétricas, como obstruções e custos de manutenção elevados”, explica Paulo Renato dos Santos, pesquisador responsável da Unidade Embrapii ISI Biomassa.
Foram envolvidos 14 pesquisadores no total, dividindo nas áreas de biocombustíveis, biologia, química, engenharia e apoio laboratório analítico. O impacto dessa solução compreende as áreas de ocupação das usinas e os impactos ambientais. Proporcionando a solução para outras usinas onde estão implantadas as termelétricas e convertendo esse problema em potencial matéria prima para geração de energia a partir de fonte renovável.
Transição energética
Para Fernanda Genova Martins, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Inovação da CTG Brasil, o Macrofuel é um marco da estratégia de PD&I da empresa, pois alia propósito, ciência e impacto real. “A parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Biomassa e o suporte da EMBRAPII foram fundamentais para transformar essa ideia em uma tecnologia com patente internacional, reafirmando nosso compromisso com a inovação de excelência”, afirma. “Projetos como este refletem a visão da CTG Brasil de liderar a transição energética com soluções sustentáveis, aplicáveis e alinhadas aos mais altos padrões da ANEEL, gerando conhecimento, formando parcerias estratégicas e criando resultados que beneficiam não só o setor elétrico, mas toda a sociedade brasileira”, finaliza Fernanda.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado. Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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