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Publicado em 18 novembro, 2025
Projeto Reflora é apresentado em painel da Agrizone, na COP30
Unidade Embrapii Fibras Florestais da Universidade Federal de Viçosa (UFV) apresentou o projeto Reflora em painel da Agrizone, na COP30
As técnicas de recuperação e restauração ambiental no Rio Grande do Sul após as enchentes de maio de 2024 foram o destaque no painel AgriZone na COP30, na última sexta-feira (14). O projeto Reflora, desenvolvido pela Unidade Embrapii Fibras Florestais da Universidade Federal de Viçosa (UFV), foi selecionado para o painel da COP30 pela relevância do trabalho de recuperação ambiental no estado.
Durante o painel, o professor do Departamento de Engenharia Florestal da UFV Glêison dos Santos, responsável pela pesquisa do Reflora, explicou que o projeto começou como uma medida de restauração das áreas para mitigar os danos do rompimento da barragem de Brumadinho (MG). “Trabalhamos com 30 espécies da Mata Atlântica. O valor dessa tecnologia é que ela produz árvores que levariam 10 ou 12 anos para florescer, frutificar e deixar seus filhos na natureza, gerando sua sua máxima função, e a gente conseguiu fazer isso em seis meses”, celebrou.
O professor conta que, além da técnica de restauração ser implementada neste ano para a recuperação de áreas que sofreram com as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024, o projeto se expande para a universidades locais. “A UFV está transferindo a tecnologia porque quem vai tocar os projetos em campo é a UFRGS, UFSM, Unisc e PUC/RS. E esse é o papel da universidade federal, levar isso para a sociedade, gerar valor”, avaliou Glêison dos Santos.
A secretária de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul, Marjorie Kauffman, fez um balanço positivo do Reflora. “Nós temos a certeza de que esse projeto já é um sucesso, porque o conhecimento está sendo repassado. O estado tem alguns viveiros públicos e privados cadastrados na Secretaria de Meio Ambiente, que assumiu o compromisso de repassar a tecnologia e investimentos para a produção dessas mudas”, ressaltou.
Sobre o projeto
O projeto Reflora no Rio Grande do Sul inclui resgate de DNA da vegetação nativa e plantio de seis mil árvores de 30 espécies nativas. Os trabalhos tiveram início em agosto de 2025 e devem se estender por três anos. O projeto conta com financiamento da empresa CMPC com sede no Rio Grande do Sul e da Embrapii.
O objetivo é acelerar a recuperação ambiental das margens dos rios em até 10 anos. A mesma tecnologia foi implementada em Brumadinho (MG) para ajudar a reparar áreas atingidas pelo rompimento da barragem de rejeitos em 2019. Lá, a técnica foi aplicada na recuperação ambiental do Córrego do Feijão, da mineradora Vale.
O resgate de DNA também foi utilizado em projetos voltados à redução dos impactos ambientais causados pela mineração nos municípios mineiros de Conceição do Mato Dentro, Nova Lima e Ouro Branco, e na Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará. A tecnologia também é aplicada a diversos biomas, como a Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica, para ajudar no reflorestamento.
No Rio Grande do Sul, o projeto tem investimento financeiro de R$ 5,2 milhões, sendo R$ 2,8 milhões da CMPC e R$2,3 milhões da Embrapii. Além disso, a contrapartida econômica da unidade Embrapii UFV é de 2,55 milhões, somando-se o valor total do projeto de 7,55 milhões de reais. As atividades de campo tiveram início em agosto deste ano.
Sobre a Embrapii
A Embrapii é uma organização social que atua em cooperação com Instituições de Ciência e Tecnologia, públicas ou privadas, para atender ao setor empresarial e fomentar a inovação na indústria. Para isso, conecta centros de pesquisa e empresas, compartilhando os custos da inovação ao aportar recursos não reembolsáveis em projetos que levem à introdução de novos produtos e processos no mercado.
Para ter acesso ao modelo, a empresa deve apresentar seu desafio tecnológico à Unidade Embrapii com a competência técnica que se enquadra às necessidades do projeto. A Embrapii possui contrato de gestão com o Governo Federal, por meio dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação, da Educação, da Saúde e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Além disso, possui parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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