O projeto foi desenvolvido no modelo EMBRAPII que incentiva empresas de todos os portes e segmentos a inovarem

A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) apoiou o desenvolvimento de um detector de raio X, de última geração e inédito no mercado nacional, utilizado para realização de experimentos científicos. Através do uso de radiação Síncrotron, tipo de radiação eletromagnética de alto brilho, a tecnologia tem como objetivo estudar propriedades microscópicas. A iniciativa partiu de uma demanda do Projeto Sirius, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), e seu desenvolvimento envolveu o CNPEM, a startup Pi-Tecnologia e pesquisadores da Unidade EMBRAPII – Instituto Eldorado, em Campinas, no interior paulista.

No Sirius, o equipamento poderá ser utilizado em diferentes análises, como por exemplo, com proteínas relacionadas a doenças, análise de rochas para exploração petrolífera, estudo de fósseis, aplicações em agricultura e até em pesquisas envolvendo bactérias e vírus, como por exemplo o SARS-CoV-2 (Coronavírus), para fins de desenvolvimento de medicamentos e vacinas.

“A grande inovação do projeto é ter tido a ousadia de desenvolver um equipamento de altíssimo desafio e complexidade tecnológica, que é utilizado nos mais modernos experimentos científicos. Atualmente, existem poucas empresas aptas à construção deste tipo de equipamento e a PITEC, além de conseguir desenvolver este produto, o fez de forma ainda mais atrativa, se comparado com os principais concorrentes internacionais. Destacam-se com principais características do produto, a capacidade de geração de 2 mil imagens por segundo e também o fato de oferecer uma grande área de sensores sem área inativa, permitindo desta forma obter inúmeras imagens de altíssima resolução, em curto espaço de tempo”, explica Fernando Idalirio, pesquisador responsável pela projeto da Unidade EMBRAPI – Instituto Eldorado.

Apoio para startups

A EMBRAPII é uma organização social que tem contrato de gestão com o Ministério da Educação (MEC), de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Saúde. Em seis anos de operação, já apoiou quase 1000 projetos em parceria com empresas nacionais de diferentes portes e segmentos, totalizando R$ 1,5 bilhão em investimentos.

“É um diferencial muito grande este ecossistema que foi criado com a EMBRAPII. Os incentivos que recebemos nos ajudaram, principalmente no começo, para que conseguíssemos seguir em frente com nossas próprias pernas”, contou o empresário Julio Oliveira, da Pi-Tecnologia. “Com desenvolvimento tecnológico e gente competente é possível fazer e se destacar e o Brasil tem clusters capazes de competir a nível global.”

Em seu modelo operacional, os valores dos projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) são divididos entre a instituição, as Unidades EMBRAPII (centros de pesquisa credenciados) e a empresa demandante. Os recursos aportados são não reembolsáveis. No caso de projetos com startups, há linhas especiais de financiamento que diminuem a contrapartida das empresas e aumentam as facilidades para inovar. A instituição conta ainda com acordo com o Sebrae que amplia a abrangência dos recursos aportados para que o pequeno empreendedor possa compartilhar suas propostas tecnológicas no setor produtivo.

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