Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, a EMBRAPII apresenta uma série de entrevistas com mulheres que fazem a diferença no segmento da Inovação! Hoje, você conhece a história de Viviane Meyer Hammel Lovison, coordenadora da Unidade EMBRAPII ISI Polímeros
Com experiência profissional de mais de 30 anos nas áreas de química, tecnologias dos elastômeros e termoplásticos, gestão de negócios de tecnologia, pesquisa e inovação, Viviane Meyer Hammel Lovison foi eleita, em 2011, Profissional Destaque da Química pelo Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul.
No entanto, foi na pré-adolescência que a profissional descobriu seu interesse pela área da ciência. Formada em Química Industrial pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Viviane é também especialista em Tecnologia de Elastômeros pelo Instituto francês Institut National de Formation Et D’enseignement Professionnel Du Caoutchou (IFOCA), e em Gestão Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Dividindo suas atividades de mãe, mulher, e pesquisadora, Viviane hoje atua como gestora e coordenadora do Instituto SENAI de Inovação em Engenharia de Polímeros, que se tornou Unidade EMBRAPII em 2014. Venha conhecer um pouco mais sobre sua história!
Como começou seu interesse pela área da ciência?
Meu interesse começou ainda quando criança. Lembro que, com cerca de 11 a 12 anos, pedi e ganhei de meus pais um laboratório de química de brinquedo. É claro que isso me permitiu manusear tubos de ensaios, conta gotas, reagentes e indicadores químicos, como amido e fenolftaleína, por exemplo. Depois, acabei fazendo o curso de Técnico em Química e comecei a trabalhar em laboratórios. Posteriormente, passei a atuar como Química Industrial no desenvolvimento de processos e produtos de base polimérica, onde estou até hoje ligada de alguma forma.
Quais os maiores desafios enfrentados em sua trajetória por ser mulher?
Certamente, foi conciliar as atividades de estudo, trabalho e ser mãe. Especialmente como gestora de um Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT), onde se exige uma alta qualificação profissional em nível de pós-graduação, passamos por constante viagens, reuniões e forte dedicação ao negócio. Conquistar um espaço, me manter e crescer profissionalmente e, ao mesmo tempo, lidar com minhas atribuições de mãe, certamente foi meu grande desafio.
Como incentivar que mais meninas se interessem pela área da ciência, tecnologia e inovação?
Atuo muito junto a jovens talentos, tanto em nível educacional, como nas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) aqui do Instituto. Hoje, já temos mais meninas e mulheres procurando oportunidades e ocupando espaços em todas as áreas tecnológicas. As meninas já descobriram suas capacidades para tudo, no caso da ciência, tecnologia e inovação. Inclusive, temos algumas vantagens, pois somos na grande maioria inquietas, curiosas, observadoras, metódicas e atentas as necessidades de outros. Esses requisitos são usualmente importantes para o desenvolvimento de conhecimento, da ciência, da tecnologia e para inovação. Para incentivar, precisamos mostrar e divulgar cada vez mais a sociedade e ao mundo o que as mulheres fazem, desenvolvem e tem deixado de legado na área da ciência, tecnologia e inovação. É preciso termos o mesmo reconhecimento que é oportunizado aos homens.
A frente da Unidade EMBRAPII, quais são os próximos desafios?
Consolidar o Instituto como uma ICT com atuação em projetos de PD&I em nível nacional, pois estamos, de certa forma, fora do principal eixo industrial – e porque não dizer de concentração de instituições de pesquisa do país (região sudeste)-, bem como estabelecer e operar parcerias mais ativas com outros ICTs, Universidades e Empresas para a contratação e desenvolvimento projetos em nível internacional.