Equipamento é adaptável para inspeção em diferentes ambientes e registra com fotos e vídeos o local exato onde foi detectado o problema

Foi durante o curso de Engenharia de Controle e Automação, no Instituto Federal Fluminense (IFF), em Campos dos Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, que o estudante Thiago Rodrigues teve a ideia de criar um robô capaz de inspecionar galerias pluviais de forma eficiente e com melhor custo-benefício na comparação aos equipamentos importados existentes no mercado. Ele já trabalhava na área e conhecia de perto as dificuldades operacionais, no entanto, o desejo esbarrava na falta de recursos. Após a graduação e já com sua empresa, a startup Rovec Sistemas Embarcados, o engenheiro buscou parceria com a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), por meio da unidade credenciada IFF, para que seu objetivo fosse concretizado.

Em apenas 12 meses, o primeiro protótipo já estava em testes.  “A parceria com a EMBRAPII foi fundamental para a viabilização da proposta, não somente pela contrapartida financeira, mas por todo o apoio no desenvolvimento, eles abraçaram a causa e acreditaram no projeto”, destaca Thiago. “Se não fosse a estrutura do polo (IFF) e a expertise dos pesquisadores, isso não seria possível”. Atualmente, a startup de robótica já opera duas unidades em cidades fluminenses.

A EMBRAPII é uma organização social que tem contrato de gestão com os ministérios de Saúde (MS), Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e oferece um modelo específico de fomento à inovação. A instituição investe até 1/3 das despesas dos projetos com recursos não reembolsáveis, o restante é dividido com a empresa idealizadora e a unidade credenciada, centros de pesquisas renomados que entram com infraestrutura e know-how em diferentes áreas técnicas. Ao todo, são 42 distribuídas pelo país.

Tecnologia subterrânea

O robô desenvolvido tem como objetivo localizar e registrar por meio de imagens (vídeos e fotos) deslocamentos ou obstruções em tubulações de galerias pluviais, aquelas destinadas à captação e escoamento da água de chuva coletadas pelas bocas coletoras. O diferencial dele é que é adaptável e a prova d’agua, ou seja, pode ser configurado para atuar em outros ambientes, como esgoto sanitário e rede de abastecimento de água, operando em módulo flutuador e submerso.

Ele tem maior autonomia de funcionamento na comparação aos equipamentos de características semelhantes existentes no mercado, uma vez que seus módulos são independentes não havendo a necessidade de interromper o trabalho de inspeção para recarregá-lo, basta fazer a substituição da bateria.

Segundo William Vianna, coordenador do projeto do IFF, a tecnologia vai contribuir para aperfeiçoar as atividades na área de saneamento. “O sistema desenvolvido auxilia na manutenção e implantação de redes pluviais e de esgotamento sanitário tão escassos no Brasil. A EMBRAPII em conjunto com outros parceiros permitiu criar as condições para geração de trabalho e renda a partir do desenvolvimento tecnológico. Na minha opinião este é o principal benefício imediato para a sociedade.”

Com a tecnologia, é possível identificar o local exato do problema, seja ele por obstáculos com pedras, lixo, galhos, rupturas estruturais ou até mesmo ligações de esgoto clandestino. As causas são apresentadas em relatório detalhado possibilitando a adoção de medidas cabíveis e redução no custo de manutenção.

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