Organização financia projetos com recursos não reembolsáveis para incentivar inovação na indústria. Se realizado em parceria com startups, o financiamento chega a 50% do valor do projeto
Empresas da cadeia produtiva do setor de mobilidade e logística contam com R$ 40 milhões não reembolsáveis para desenvolver projetos de inovação em parceria com a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa de Inovação Industrial). O valor gerará o investimento total de R$ 100 milhões em novas soluções tecnológicas para o setor, já que à quantia é somada os recursos econômicos da Unidades EMBRAPII (centros de pesquisa) e a contrapartida das empresas.
A instituição oferece à indústria o diferencial de viabilizar projetos sem a necessidade de aguardar por edital, tornando-se um processo ágil, flexível e sem burocracia. Empresas de diferentes portes podem ser beneficiadas atendendo a demanda de toda a cadeia produtiva, tais como: eletromobilidade, Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), siderurgia, baterias, conectividade, biocombustíveis, novos materiais, inteligência artificial, entre outros. A expectativa é contratar 60 projetos ao longo de 2020.
Para viabilizar os projetos, a EMBRAPII fica responsável por até um terço do investimento, o restante é dividido entre o centro de pesquisa, que disponibiliza mão de obra e equipamentos, e a empresa parceira. Nos casos que envolvem mais de uma empresa e pelo menos uma delas seja pequena, o aporte financeiro aumenta e pode chegar até 50% do valor do projeto. O objetivo é estimular inovação com startups para aumentar a interação com grandes empresas. Conheça mais das duas modalidades.
O diretor de Planejamento e Gestão da EMBRAPII, José Luis Gordon, destaca que a instituição conta com uma rede de Unidades EMBRAPII com infraestrutura e profissionais qualificados para atender demandas industriais. Nos cinco anos de atuação, a EMBRAPII consolidou-se como uma importante ferramenta para a indústria brasileira inovar. Já são mais de R$ 1,4 bilhão em projetos, trabalhando com cerca de 600 empresas. “O modelo é ágil, flexível e desburocratizado. As empresas não precisam esperar edital para desenvolver seus projetos, os recursos já estão disponíveis na Unidade”, enfatiza Gordon.
Os R$40 milhões foram captados com a indústria em 2019, por meio da Política do Rota 2030, estratégia do governo federal para o desenvolvimento da cadeia produtiva do setor automotivo nacional. O Brasil é o 9º produtor de autopeças e veículos no mundo. Internamente, o setor automotivo responde por 22% do PIB industrial e gera cerca 1,3 bilhão de empregos diretos e indiretos no País.