Projetos entre IPT e empresa foram assinados durante o 8º Congresso de Inovação da Indústria

Da esquerda para direita, Jorge Almeida Guimarães, diretor-presidente da EMBRAPII; Adauto Caldara, gerente de Inovação e Desenvolvimento Tecnológico da Vale e Jefferson de Oliveira Gomes, diretor-presidente do IPT

A EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a empresa Vale se uniram para tornar os processos de produção e beneficiamento de minério de ferro mais eficientes e sustentáveis. No total, serão investidos R$ 9,7 milhões em quatro projetos de inovação para o setor de mineração. Os contratos foram firmados durante o 8º Congresso de Inovação da Indústria, em São Paulo, nesta terça-feira (11).

O minério de ferro é o segundo maior produto de exportação brasileiro, atrás apenas da soja. A mineração é responsável pela geração direta de mais de 180 mil empregos e mais de 2,2 milhões de postos indiretos. “Tornar os processos da indústria extrativista mais sustentáveis está de acordo com uma tendência que se estabelece mundialmente, com menos impacto ambiental e maior competitividade para as empresas brasileiras”, afirma Carlos Eduardo Pereira, diretor de Operações da EMBRAPII.

Os projetos vão gerar alternativas mais eficientes aos processos de beneficiamento do minério de ferro. As propostas pioneiras trarão redução no consumo de energia e água e também menor geração de rejeitos, sem perda de qualidade do material.

Um dos projetos propõe eliminar a etapa de moagem, responsável por grande consumo de recursos naturais por novos processos mecânicos. Outra proposta visa à redução do uso de energia térmica para formulação dos aglomerados (pelotas). O terceiro projeto prevê a injeção de gás, produzido com resíduos naturais (biomassa), como fonte de energia térmica e elétrica.

Há também a iniciativa para melhorar a performance dos pinos utilizados nos equipamentos de beneficiamento do minério, fazendo com que esses aparelhos tenham mais produtividade e eficiência.

“Esperamos contribuir por meio dessas iniciativas com a sustentabilidade e competitividade do setor da mineração brasileira, que tem importante peso na pauta de exportações nacional”, destaca Ricardo Magnani, diretor do IPT, Unidade EMBRAPII.

Modelo EMBRAPII
A EMBRAPII é uma organização social que tem contrato de gestão com os Ministérios de Saúde, Educação (MEC), Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e possui um modelo próprio de investimento em projetos de PD&I (Pesquisa Desenvolvimento e Inovação).

Empresas que possuem um projeto avaliado como inovador devem se associar a uma das 42 unidades credenciadas existentes no país. Caso o projeto seja aprovado, após avaliação técnica, os gastos para o desenvolvimento são divididos em três partes. A EMBRAPII fica responsável por um terço do valor, a unidade disponibiliza mão de obra e equipamentos e a empresa financia o restante. Atualmente, já são mais de 700 projetos apoiados em um investimento que supera 1,2 bilhão.

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